terça-feira, 31 de maio de 2011

O que temos de novo no cenário LGBTT em Fortaleza? [Parte 2]

Continuando o post anterior, nem tanto polêmico mas bem visto.


Crystal Club: E quando todos pensávamos que vinha muita novidade por aí... hã? Então, depois do desastre da antiga IBIZA, eis que surge uma nova casa em Fortaleza. Com uma proposta de mudança total da estrutura da Ibiza, criando dois ambientes, o que é fato, a nova casa promete atender às necessidades dos clientes que curtem pegar uma balada aos domingos (depois de saírem da Cabumba talvez?). O projeto inicial era de funcionamento somente aos domingos, mas hoje são realizadas festas também aos sábados (será que DS e Meet são concorrências? Talvez...). Em relação à inovação nas festas, sinceramente, ainda não vi nada de tão inovador. O bom é que ganhamos uma casa que abre aos domingos e que não é a Diva. Pra quem gosta de curtir um forró, samba ou axé aos domingos, a Crystal é um bom destino.

Toca do Javali: Gente, não tenho uma opinião própria em relação à Toca. Eu nunca entrei no local, mas tenho algumas informações de terceiros, e estas chegam bem ao nível do que falei sobre a imagem da Diva. Se alguém tem algo de bom a acrescentar, eu agradeço de corpo e alma.

Unique: Começamos pelo nome da casa... criativo não? Joguem no google e encontrem a variedade de estabelecimentos com o mesmo nome e dentro do mesmo segmento. =D A proposta (tenho que reproduzir essa frase aqui): Na própria linguagem do comunicado, fica explícito que o público-alvo é o moderninho classes A e B. Essa frase, extraída do site ZonaMix, é fundamentada em que? Não vi nenhuma relação do convite da inauguração com a classe econômica A. Talvez B, sim, talvez. Hoje, para que alguém seja considerado pertencente à classe A, é necessário ter uma renda familiar de mais ou menos 15 mil reais. Sinceramente, acho que não temos uma casa no nível desse público ainda em Fortaleza. Em relação à estrutura, não comentarei nada pois, como disse, não visitei ainda. Inovação? Pode ser que venha coisa boa por aí, espero muito. Vamos buscar novidades galera, projetos inovadores, não sejam só mais uma casa noturna LGBTT em Fortaleza.



E agora? Entendem o por quê do levantamento desse debate? Não estamos bem servidos de eventos (privados) LGBTT em Fortaleza, falta inovação e criatividade, faltam profissionais qualificados (de fato) na área de eventos. É sempre bom lembrar que o post é uma opinião pessoal, porém com dados relevantes e verdadeiros sobre o assunto. E sim, vocês me verão em algum desses estabelecimentos um dia, é óbvio, quero me divertir e as opções são essas.

Até a próxima, espero que tenham curtido e deixem comentários. Esse blog crescerá à cada crítica fundamentada e construtiva. Obrigado.


Michell Barros 
Calar é para os fracos.

O que temos de novo no cenário LGBTT em Fortaleza?


Olá pessoa, seja bem vindo(a).

Como tema principal do meu primeiro post optei por falar do cenário atual dos eventos LGBTT de Fortaleza. Hoje, o mercado de eventos destinados a esse target(*) vem crescendo incansavelmente, porém não notamos muitas novidades, as ideias são sempre tão parecidas e repetidas que acabam sendo vistas como desinteressantes. Na falta de opção e na vontade louca de sair de casa e livrar-se desse mundo digital, adotamos essas ideias desinteressantes, como uma válvula de escape.

Vamos aos fatos. Veja que o que estou falando não é coisa da minha cabeça.

Temos, em Fortaleza, 08 estabelecimentos (casas noturnas) que promovem festas para o público LGBTT e simpatizantes. São eles: Donna Santa, Music Box, Meet Music & Lounge, Divine, Clube 20 (Fusion), Crystal Club, Toca do Javali e a novata Unique. Ainda temos os bares Ópera Pub e Café e Bistrô de Paris, para completar. Se esqueci de algum, por favor, informe nos coments.

Para informações detalhadas sobre cada estabelecimento, acesse: http://www.guiagayfortaleza.com.br/index.htm

Como Jack, vamos por partes:

Donna Santa: Quem nunca foi a uma festa “cardápio clonado” na nossa querida DS? Ou na festa de Hallowen? Então... Não podemos dizer que não são boas festas, com um público bacana (tá, nem tão bacana assim), sem falar da estrutura da boate, na minha opinião a melhor estrutura de todas essas casas noturnas acima (excluindo a Unique, que não conheço pessoalmente ainda). Frequentei a DS por muito tempo e sei do que estou falando. Mas voltemos ao assunto principal do post: O que pode melhorar? Pessoas, se não fossem as datas dos flyers eu poderia jurar que já fui a todas essas festas, como num Deja Vu. Onde estão as ideias novas? Por que não diferenciar/diversificar esse público atual? Por que não tentar desmistificar uma imagem negativa que “alguns” tem em relação à boate? A busca por novos profissionais, novos deejays, novos temas, novos estilos de festas é o que poderia ser feito pela simpática Carol Feitosa (promoter) e equipe. Um “UP” seria interessante, pois os clientes cansam de tanta falta de novidade.        
  
Music Box: Nossa caixinha (literalmente) tenta, de todas as formas, inovar nas festas realizadas pelos “promoters” (que são milhares por sinal) mas, infelizmente, não conseguem muito êxito. Quem nunca foi à uma festa na Box, mega ansioso por algo prometido no flyer, esperou a noite toda, se embreagou e não viu acontecer o que  estava  esperando? Pois é, acontece. A boate não tem estrutura para receber o seu crescente público, isso é fato. Não tem uma iluminação de muita qualidade, sem falar dos chamados de deejays (alguns) que não passam de operadores de som (não é difícil ficar na “pick-up” apertando o botão next a noite toda e ainda fazer isso mal). É isso mesmo que estou dizendo: Tenha amigos, seja popular e você já pode ser Promoter e/ou DJ da Box. Você consegue !! Sim, eu frequento a casa sempre que tenho vontade de me divertir com amigos. Tudo isso é uma visão crítica sobre o local e os fatos apresentados.
  
Meet Music & Lounge: Boa localização, boa estrutura e recebe um público muito, podemos dizer, estrelas demais. “Se passe”, tudo é permitido, inclusive manter uma imagem, quase sempre, que não a sua verdadeira. Um pensamento que reina no local: Sim, sou superior a você! Estou pagando o mesmo que você, mas tenho mais dinheiro. Sou amigo do primo do filho do irmão da Lady Gaga e gastei todo o meu salário em uma Calça Calvin Klein, ah, e em um óculos da Chilli Beans. Esperem, vou vomitar e já volto. Pronto. Desculpe pelo entusiasmo, mas voltemos ao que interessa ao post. É importante ressaltar que estamos vendo algumas melhorias e “inovações” nas festas da casa, mas é também importante fazer isso com qualidade. É um bom destino pra quem quer se divertir, em um ambiente agradável, com amigos e.. é, é isso. Ah, alguns temas/nome de festas só pioram o que foi dito acima (negrito). Essa imagem, nada interessante e nada humilde, pode não ser tão boa quanto pensam.   

Divine: Sinceramente não vejo nem divulgação das festas da Diva (Miss Brooklin) e frequentei pouquíssimas vezes o local. Se alguém conhece mais, por favor, comente sobre. Posso falar só da imagem que a maioria tem do local: Derrubada, fim de festa, suja, baixa, a cara dos “pão com ovo” e outras coisas mais, nesse mesmo nível. 

Clube 20 (Fusion): Engraçado, a casa muda de cara pra diferenciar o público. Sexta é dia Gay e sábado o dia Hétero. Que coisa não? Então... É tão chato falar das mesmas coisas, em todos esses tópicos, mas é preciso. Os problemas são os mesmos, passam as semanas, os meses, e todas as festas parecem ser iguais. Nada de tão ousado e inovador pra virar referêcia no mercado de eventos. A estrutura é boa, iluminação muito boa, bem climatizada, ou seja, tem alguns aspectos positivos e fundamentais pra ser referência, falta a criatividade (Usando as palavras da personagem Lady Kate: “Dinheiro eu tenho, só me falta-me o gramour”).

Criatividade Fora do Ar
(*)Target: Público Alvo


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Continua...


Michell Barros