segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Homofobia, patologia grave.

Tá bom que esse assunto está bem batido, me parece que as coisas estão melhorando (espero que esteja acontecendo de fato), mas sabemos que ainda temos muito pela frente. O problema da homofobia é bem mais complicado de ser entendido e combatido do que imaginamos. Além da carga de preconceitos, carregada principalmente pela religião e tão atrasada quanto ela, ainda temos que aprender a lidar com outras influências, como a da indústria midiática, que divulga o que devem ser (em um mundo paralelo) as morais e os bons costumes. Como diria minha amiga Priscilla Santos, a "máscara social". 


Não me estenderei muito nesse post, até porque já falei muito sobre isso e, mesmo sendo um assunto complicado de se entender, existem atitudes simples a serem tomadas para que possamos ver uma mudança na qualidade de vida de quem enfrenta esse problema de frente, todos os dias. 

Com as questões de gênero, já tão enraizadas na sociedade, surge a "problemática" das relações homossexuais, o certo e o errado, o masculino e o feminino, um blá blá blá infinito. Uma consequência disso, é a chamada Homofobia Internalizada, muito comentada pelo escritor, psicólogo e militante do movimento LGBT, Fabrício Viana (autor do livro "O Armário"). A homofobia internalizada é uma derivação da orientação sexual egodistônica, tendo como diferença principal o fato de não ser reconhecida pelo próprio indivído, exteriorizando-se através de outras formas, enquanto nesta o indivíduo toma consciência de sua orientação e insatisfeito, deseja a alteração ou readequação desta a sua própria auto-imagem. De acordo com um estudo feito em conjunto pelas universidades norte-americanas de Essex, Rochester e Califórnia, a homofobia tende a ser maior entre homossexuais ou bissexuais. Nestes, a homofobia direcionada de forma verbalmente ou fisicamente violenta às outras pessoas que também sentem atração por aqueles do mesmo sexo seria um jeito encontrado para reprimir o próprio desejo que, por diferentes motivos, é inaceitável para si próprio. O resultado foi publicado em abril de 2012 no "Journal of Personality and Social Psychology" (Fonte: Wikipédia).

Estou batendo nessa mesma tecla, pois passo ou presencio casos, dos mais "comuns" aos mais graves, e isso só me deixa mais indignado, e mais, e mais. Sei que seria tudo mais lindo e tranquilo se todos simplesmente respeitassem o próximo, mesmo sem gostar (sabe-se lá deus por qual motivo) de algum ser humano, simplesmente pelo fato desse existir e ter sua vida diferente das demais. O respeito, apenas, já seria algo de bom tamanho. O que se passa na cabeça de alguém que vive para não suportar que as pessoas sejam diferentes, o que acontece com esse ser que se incomoda tanto e se sente tão ofendido por estar na presença de pessoas "diferentes"? É algo bem complexo.






É isso. Se você tem pensamentos e sentimentos homofóbicos, guarde essa sua rebeldia sem causa, esse seu descontentamento e frustração, essa sua doença, só para si. Não é digno sair espalhando o ódio ao próximo, somente pelo fato de ele ser quem é. Digno mesmo é ser evoluído e saber lidar com as diferenças. Ser inteligente e saber entender e aceitar que ninguém deve ser igual a você e que ninguém é obrigado a pertencer a religião alguma para existir e poder ter todos seus direitos. Para quem vos fala, um homofóbico é alguém ignorante e que precisa mesmo é de educação e tratamento. Deixem os gays em paz, vão viver suas vidinhas, em seus mundinhos paralelos, em suas bolhas, pois esse preconceito é uma das coisas mais sem sentido que existem nessa nossa sociedade tão atrasada e estúpida. 





Beijos.
Michell Barros
Calar é para os fracos