terça-feira, 14 de junho de 2011

Clique em curtir na grande rede social da vida

Olá pessoas, saindo da inércia, continuo a escrever. Já notaram que o que Clarice Lispector falou realmente faz sentido? “Quando eu não escrevo eu estou morta”. Ainda mais hoje, quando as relações estão resumidas conversas através das milhares de redes sociais. Pois bem... Sinto falta de assuntos polêmicos. Já sei, falarei de mamilos. Pois os mamilos são muito polêmicos né? (piadinha). 

O que quero falar hoje é justamente sobre as relações entre as pessoas, nesse mundo cada vez mais louco e furioso, e digital e... rápido demais. As informações são transmitidas a uma velocidade rápida, as pessoas andam cada vez mais rápido, os carros correm cada vez mais e dessa forma tudo vai passando e nós nem percebemos. Não temos mais tempo para nós mesmos, não passamos de... coisas rápidas.

Sim, às vezes dá vontade de jogar tudo pro alto e entrar pro clube dos ignorantes e sem noção, acho que eles são bem mais felizes, pois não perdem tempo pensando nessas bobagens de gente maluca. Mas acredito nos malucos. Acredite.

Esse post é sim um desabafo, uma observação pessoal de um fato, mas é sim um assunto de grande importância. Com tanta tecnologia, estamos esquecendo de nos relacionar com as pessoas, de notá-las, de conversar pessoalmente, de abraça-las. Estamos esquecendo o quão bom é sair de casa e conhecer pessoas, lugares, coisas. O que é amizade para nós hoje? Um “oi”e um “tudo bom” pelo msn? Um menção no twitter? Ou uma marcação de foto no Facebook? E os dias vão passando e fazemos mais “amigos” desses (digitais) e então, tendo tantos amigos, nos consideramos felizes e populares, completos. Eu não.

Vamos pensar no tempo que estamos perdendo (sim, perco também muito tempo nas redes sociais) com tanta tecnologia. Pare pra notar o mundo, as pessoas na rua, nos ônibus, em todos os lugares. Converse, abrace, beije e faça coisas que tem vontade. Não sabemos quando seremos bloqueados e excluídos da grande rede social da vida.



Michell Barros
Calar é para os fracos